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Os Rotifera ou rotíferos (do latim rota, roda + fera, do grego "phoros", aqueles que possuem) são um filo de animais aquáticos e microscópicos. O seu nome deriva do latim para “roda”, com referência à coroa de cílios que rodeiam a boca destes animais e que se movem rapidamente, para captar as partículas de alimento, parecendo uma roda a girar.
Por causa do seu pequeno tamanho e falta de peças duras, os rotíferos não fossilizam facilmente e o mais antigo que se conhece foi encontrado em âmbar da República Dominicana e data do período Eoceno, mas são comuns fósseis da espécie Habrotrocha angusticollis em turfa com 6000 anos (período Pleistoceno) em Ontário, no Canadá.
Conhecem-se cerca de 1700 espécies de rotíferos de vida livre, que vivem na maior parte das massas de água doce, incluindo pequenas poças de chuva, no solo húmido e também se encontram em musgos e líquenes que crescem em troncos de árvores e pedras, ou mesmo sobre fungos, crustáceos ou larvas aquáticas de insectos. Algumas espécies nadam livremente na água, mas outras são sésseis, agarrando-se a qualquer substrato, seja ele fixo ou flutuante.Os rotíferos são encontrados em todos os biomas terrestres, desde poças de água de chuva até grandes lagos de água fresca, também no meio de grãos de areia, e poucos em água salgada. São animais protostômios que são incluídos na meiofauna por serem multicelulares. A maioria das espécies é planctônica e podem contribuir com até 30% da biomassa total do plâncton. Em conseqüência disso, o conhecimento sobre a biologia dos rotíferos é baseado nas espécies planctônicas (RICCI; BALSAMO, 2000).
Eles estão em praticamente todos os lagos, lagoas e rios, em pedaços de musgos na floresta úmida, nas regiões tropicais e até mesmo em terrenos gelados do Ártico. Um lugar praticamente garantido para encontrar alguns é na beira de uma lagoa ou lago. Há rotíferos marinhos, mas a grande maioria ocorrem em água doce. Rotíferos possuem cerca de 0,1-0,5 mm de comprimento (embora o seu tamanho pode variar de 50 μm a mais de 2 milímetros). Alguns rotíferos são de natação livre e verdadeiramente planctônicas, outros se movem ao longo de um substrato, e alguns são sésseis, vivendo dentro de tubos ou superfícies gelatinosas que estão ligados a um substrato. Cerca de 25 espécies são coloniais (por exemplo, Sinantherina semibullata), sésseis ou planctônicas. Rotíferos são uma parte importante do zooplâncton de água doce, sendo um dos principais e com muitas espécies também contribuindo para a decomposição da matéria orgânica do solo. Em alguns estudos mais recentes, os rotíferos são classificados com acantocéfalos em um clado maior chamado Syndermata. Os membros da classe Bdelloidea encontram-se ocasionalmente em água salobra ou marinha. Estes rotíferos são capazes de sobreviver à dessecação, através do processo chamado criptobiose (ou anidrobiose), assim como os seus ovos – de facto, os embriões mais velhos têm mais possibilidade de vingar.